Angelo Zioni

Outro exemplo que há tempos desejáveis divulgar é o caso da catedral de Nossa Senhora do Norte, em Hamburgo (Alemanha), cuja reprodução aparece muitas vezes na Filatelia, menos como edifício, do que na qualidade de símbolo heráldico da velha cidade.

Há anos, do encarregado de uma programação de música alemã na Rádio 9 de Julho, de São Paulo, mediante consulta no Consulado alemão, tivemos a confirmação de que o brasão citadino de Hamburgo era portador de elementos "marianos": as torres nele existentes, as laterais encimadas por duas estrelas e a central por uma cruz, simbolizam a catedral, dedicada a Nossa Senhora do Norte. Por que razão, diante disto, deixar de lado todo um material de primeira ordem? Confirmação dessa afirmativa, consta na pág. 722 de "La Philatélie Chrétienne", revista gabrielista francesa, na qual o arquivista do Senado da Cidade - Livre e Hanseática de Hamburgo informa que "a cruz na torre central do brasão municipal indica a igreja de Nossa Senhora do Norte, título de sagração da catedral de Hamburgo.

Só para lembrar, devem entrar no colecionismo mariano todos os antigos selos de nrs. 1 a 23 de Hamburgo (Estados Alemães), bem assim vários selos alemães e estrangeiros, sem contar com assemelhados e carimbagens freqüentemente ilustrados com o escudo.

Entre nós, o carimbo verde, usado no vôo da Panair do Brasil para a inauguração da linha "Rio de Janeiro/Hamburgo" (30.08.1953) exibe o brasão hamburguês encimado por um dos famosos aparelhos "Constellation"que então cruzavam o Oceano Atlântico.

Outro exemplo é o carimbo do Museu Postal, de Estocolmo, na Suécia, usado em 1974, em bilhetes-postais que no anverso colorido mostram a tabuleta gasta pelo tempo, que localizava a agência postal sueca, no porto de Hamburgo, além do referido brasão usado em meados do século 18. Note-se ainda, que no desenho do carimbo sueco, que imita mui fielmente o antigo brasão, não se vêm, nem as estrelas que encimam as torres laterais, nem a cruz da torre central.